terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
UM (QUASE) AMOR DE VERDADE
E de repente eu fiquei pequeno,
do tamanho de uma presença
que não soube acontecer
- nunca soube.
Essa espera por alguém - que não vem -
me causou uma angústia ressentida
e eu fiquei sentindo essa distância,
colhendo nãos numa estrada de possibilidades.
Morei tanto tempo perto de um talvez
que desaprendi a conviver com as certezas.
Até ensaiei uma fala bonita,
no caso de um amor dolorido.Em vão.
Essa cortina de carências
só escondia um não-amor.
(Wendel Valadares)
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"(...)Morei tanto tempo perto de um talvez
ResponderExcluirque desaprendi a conviver com as certezas(...)"
Assim? Tudo tão lindo, tão profundo e melancólico?! Me emocionei!
Impossível não se deixar tocar pelas suas palavras! Impossível!
Beijos, poeta!
Gracioso.
ResponderExcluirGrata!
Pelo coração correm tantas possibilidades. Há um misto de sensações, colhidas pela peregrinação solene pelos cantos da vida. O fitar pelo amor, pela dádiva sutil do mais fidedigno amor. Pela graça que dificilmente se mostra e pouca consta no caminho. O talvez é sempre dolorido. E os nãos, feridas...
ResponderExcluirBelíssima poesia Wendel!!
Abraço!
Uma vez cheguei à me acostumar com o talvez, esperei muito, não cheguei à conhecer o sim. Mais no fundo só queria um não pra me libertar.
ResponderExcluirUm não quase sempre nos salva, não é mesmo?
ResponderExcluirque belas palavras,é uma das dadivas mais sutis ,em relaçao ao amor.poeta
ResponderExcluirPoesia linda! Palavras que embalam e conseguem levar para longe...
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