sábado, 9 de fevereiro de 2013

ESCONDERIJO






Estou pesado. Estou pequeno. Estou revisitando meus lugares sombrios, remoendo algumas mágoas que estavam acobertadas pela poeira do “depois”. O tempo não resolveu as minhas carências, ainda tenho vazios repletos de pesos desnecessários. Aquela ausência de outrora, só mudou de forma, mas ainda me habita. 

Sinto que estou ligado a uma saudade antiga, dolorida, ressentida. Uma saudade que me deixa sem lugar, sem sorrisos e com a esperança minguada. 

Tenho sido protagonista de um adeus cotidiano, tenho aprendido a desabitar lugares.
Pensar na possibilidade de uma presença é o mesmo que ofertar o meu coração a uma frustração garantida, porque a muito tempo tenho experimentado o peso das partidas. 

Viver no caminho tem sido o meu refúgio. 

(Wendel Valadares

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