Imagem: © Kris Van de Vijver
Me empresta seu corpo, mulher,
seu fogo, seu calor, seu fervor.
Me empresta sua íris, sua língua, sua vulva,
me empresta sua carne, sua culpa,
sua consciência, seu arrependimento.
Me empresta seu tempo, sua vida,
me dá sua comida, sua água.
Me afoga com a sua saliva,
me salva, me abriga.
Me lava com o suor da sua pele,
me salga, me tempera, me esquenta.
Me dá um medo, me inventa,
me tenta, me vença.
Me ensina a anoitecer e a raiar,
me ensina a amar
e a uivar feito homem,
que eu te sacio a fome.
(Wendel Valadares)
Uau! Que bom que te descobri...
ResponderExcluirUma fome de toques, de beijos, carícias, de prazer.
ResponderExcluirTeu poema atiça a fome. Dá água na boca...
Belíssimo meu amigo.
Senti o calor aqui.
=D
Grande abraço!
Viu Alê, o bicho tá pegando aqui hahahahahaha
ExcluirDessa fome também eu padeço sempre.
ResponderExcluirTodos nós Ricardo!
ExcluirUm abraço!
Como uma apreciadora de poemas eróticos, digo : Você manda bem !
ResponderExcluirNossa, que honra!!!! Obrigado Larissa!!!!
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