Dispersos entre sentimentos e vírgulas, esperamos ansiosos pelo próximo parágrafo, o próximo capítulo, a próxima página, mas estamos na mesma história - e isso é o que importa - contextualizando verdades, construindo enredos, ensaiando finais. Nossos silêncios conversam, mas quando há espaço demais entre as palavras os erros precisam ser pontuados e corrigidos.
É sempre a expectativa do próximo acontecimento que movimenta nossos desejos.
Nós dois - eu e você, você e eu - somos tão improváveis, que nos sentimos impelidos a inaugurar o próximo minuto.
Não temos final, nosso amor é um eterno começar-sem-fim. Todo dia.
(Wendel Valadares)
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