O silêncio é o meu canto mais lúdico
Nele não há desafino ou desarrimo
Há apenas uma verdade essencial
Que supera o significado das palavras
No silêncio o que impera é o sentido
Quando há muito a se dizer
Ou nada a declarar. Eu calo!
E é sempre assim, calado, que eu falo
Falo com a alma e com a face
Quem sabe interpretar os silêncios
Consegue ouvir meu choro ou meu riso
Um bom entendedor vê além do que eu aviso
Vê as entrelinhas das letras que não são escritas
Ouve o som das vozes que não são ditas
Percebe os ecos dos vazios e dos excessos
Enxerga as minhas verdade e os meus intentos
É ele o espelho de quem sabe ter reflexo
Ensina-nos, sabido, o poeta dos sertões
Nas divagações de Guimarães é que se lê:
“O silêncio é a gente mesmo demais”
(Wendel Valadares)
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